Sempre quando chove no Recife os alunos da Faculdade Maurício de Nassau passam por um drama só deles: o alagamento do Bloco B. Além disso, quando chegamos em um dia normal, encontramos tudo limpo e bem organizado, mas basta as aulas começarem que fica tudo sujo. A área externa da faculdade é a que mais sofre com a falta de educação das pessoas que por ali passam e deixam registro de sua passagem.
O maior problema, apontado por duas zeladoras, é a preguiça que alguns jovens têm em levantar-se e levar o lixo até as lixeiras. Porque se preocupar com o ambiente no qual muitos vivem parte do dia? Porque não é agradável ver que por onde você senta para estudar, conversar ou até mesmo comer alguma coisa está cheio de copos descartáveis, latinhas de refrigerantes e até mesmo pontas de cigarros, este ultimo foi citado como campeão dentre todo tipo de sujeira que é encontrada por entre a vegetação ou até mesmo no chão em frente aos bancos.
Quando perguntadas sobre o ambiente em questão, duas alunas do 4º período de Publicidade e Propaganda expressaram opiniões semelhantes: “Quanto ao ambiente, acho bem limpo e sempre tem algum funcionário limpando, mas os banheiros são bem sujos e algumas cabines sem portas.” afirma Juliana Souto Maior. Sobre quando chove e a rua fica tomada pela água que volta do rio Capibaribe pelos esgotos “Quando chove fica impossível sair da faculdade” diz Pollyana Araújo que ainda completa, “O funcionários deveriam arrumar um jeito de escoar essa água que fica acumulada aqui na frente”.
Já os funcionários vêem a situação de outra forma, e completamente contrária à opinião das meninas. Eles acham que a faculdade é muito suja, e sempre pelos alunos que insistem em errar o alvo do lixeiro mais próximo, ou simplesmente esquecem que não estão nas suas casas e jogam sua sujeira por onde passam deixando um rastro de embalagens plásticas e até restos de comida.
Segundo os funcionários da limpeza, deveria ser feita uma campanha para que esses alunos que agem dessa forma mudem seus hábitos e aprendam a jogar os restos no seu devido lugar. “O pior de tudo são os cigarros”, afirma Gerlúcia Santos quando perguntada sobre a situação na hora do intervalo das aulas, “Eles além de fumar deixam as pontas em todos os lugares dessa área”, completou apontando para área verde perto dos bancos.
Nesse semestre foi iniciada uma campanha para promover a reciclagem, mas que só alcança os corredores que agora tem duas lixeiras, uma para materiais orgânicos e outra para materiais recicláveis. Mas o problema não é a reciclagem do lixo, muito menos a sujeira nos corredores, que, diga-se de passagem, estão sempre bem limpos, mas a aera externa q é atacada por uma grande quantidade de restos de comida, bebida e derivados.
As opiniões sobre essa questão são divergentes, mas por quê? Porque para uns é tão normal que sempre tenha coisas caídas pelos cantos e para outros isso é revoltante? Deve ser porque para quem não tem que lidar com esse tipo de coisa é irrelevante, e talvez nem seja notado. Mas para quem depende disso para viver e tem que passar o dia todo limpando, é irritante ver o lugar que acabou de varrer está sujo mais uma vez e em menos de 20 minutos.
É preciso que os jovens, não só os da Maurício de Nassau, tomem consciência de que os atos que praticam hoje vão ser refletidos no futuro. Os funcionários fazem sua parte, mas dependem de todos para que seja mantida a ordem e a organização tanto das salas e banheiros quanto da aérea externa. A faculdade vem tentando da melhor maneira atingir esse ponto, mas ainda assim falta uma boa educação por parte dos jovens, lição essa que pelo visto não vem sendo aprendida em casa.
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